sexta-feira, 12 de março de 2010

Entrevista: ...in Deviltry - Fev/2010


FLC- Cordiais saudações Tommy e Larisse, é com muita satisfação que agradeço a vocês pela participação.

Larisse Katarine e Tommy Lindal:

Nós é que agradecemos o espaço e o interesse pelo nosso trabalho. Estamos muito felizes em realizar esta entrevista.

FLC-Tommy você foi um dos fundadores da banda norueguesa "Theatre of Tragedy", conte-nos como foi fazer parte desta banda?

Tommy Lindal:

Tudo começou em 1992, eu e meus amigos (Raymond e Pål) estávamos cansados de ir aos shows de outras banda somente para admirar, nos divertir e sonhar em, um dia, termos nossa própria banda. Nós éramos loucos por metal, assim como vocês, loucos por shows, cd's e pelo movimento dos anos 90's.

Eu e Pål tocávamos guitarra e Raymond só sabia gritar, (risos). Então, um dia, chamamos um outro amigo nosso que tocava bateria e decidimos ir para um estúdio apenas para dispersar um pouco a nossa agressividade.

No início tocávamos apenas covers do Slayer, Bolt Thrower e SEPULTURA!!!!

Então convidamos um baxista (Eirik) e um tecladista (Lorentz), e passamos a desenvolver um trabalho mais sério dando início às composições próprias. Devido a seriedade com que estávamos trabalhando, resolvemos chamar um novo baterista. Eu mesmo coloquei uma nota na loja da “Records” - localizada no centro de Stavanger, Noruega – e um dia Hein Frode me ligou. Ninguém o conhecia pois havia nascido em outra cidade norueguesa. Ele estava interessado em fazer o teste para entrar na banda. Bem, como ele foi único que se interessou, ele entrou. (risos)

Como as nossas músicas estavam seguindo um rumo diferente, decidimos experimentar algumas coisas, dentre elas está o vocal feminino de Liv Kristine, que, na época namorava com Raymond.

E assim nasceu o Theatre of Tragedy dando início a uma série de gravações, turnês, viagens, enfim, muito trabalho que resultou em um sucesso internacional.

No site oficial da banda foi divulgado que Hein Frode foi o fundador do Theatre, mas no meu pensamento os verdadeiros fundadores fomos eu, Raymond e Pål. Vocês não acham?


FLC- Como era a interação dos integrantes, já houve algum desentendimentos com alguém da banda?

Tommy Lindal:

Na verdade eu acho que houveram poucos desentendimentos, normalmente temos um amigo mais próximo, mas, no fim de tudo, acredito que todos gostavam um do outro.

É natural que haja alguns desentendimentos dentro de uma banda devido as diversas maneiras de pensar.

A única coisa que aconteceu, logo após a minha saída do ToT, foi a separação de Liv e Raymond. Soube que ocorreram algumas discussões neste período. Atualmente a Liv tem sua própria banda (Leaves Eyes) é casada com Alex (Atrocity) e moram juntos na Alemanha com o filho.

FLC- Hoje você se sente satisfeito. Com a plena sensação de missão cumprida com a banda "Theatre of Tragedy"?

Tommy Lindal:

Com o Theatre of Tragedy SIM.

Logo após a minha saída da banda, o estilo musical mudou bastante. Me sinto muito feliz por tudo o que fizemos durante os primeiros anos do ToT, a demo em 1994, os CD's: "Theatre of Tragedy" e "Velvet Darkness They Fear" e o EP "a rose for the dead". Me sinto muito satisfeito com eles e ainda hoje me emociono ao ouvi-los, pois, nestas composições, está um grande pedaço de mim.

FLC- Conte-nos como aconteceu seu acidente e seu
sentimento assim que soube do ocorrido.

Tommy Lindal:

Meu acidente aconteceu durante as gravações do "Velvet Darkness They Fear" e "a rose for the dead" em '96. Nós fomos para um estúdio na Alemanha - "Comusication Studios" – próximo a uma cidade chamada Mannheim, para gravar. No ultimo dia, no qual eu finalizei a minha parte na gravação, eu comecei a me sentir mal, enjoado. Então, fui deitar um pouco (nós estávamos morando dentro do estúdio neste período) mas em seguida acordei com vontade de vomitar, corri para banheiro e lá eu desmaiei.

Os outros começaram a achar estranho a minha demora no banheiro, e Lorentz foi lá ver o que estava acontecendo. Bateu a porta e me chamou várias vezes, mas não houve resposta. Então ele quebrou a porta e me achou deitado no chão, quase sem vida!

Eles ligaram para a ambulância e eu fui internado. Um pouco mais tarde meu estado clínico foi piorando, e eles tiveram que realizar vário exames até descobrir o que aconteceu de verdade.

Eu estava com uma hemorragia interna na minha cabeça, uma veia do meu cérebro havia estourado. Em outras palavras, eu tive um AVC, devido o grande stress o qual eu estava submetido.

Rapidamente eu fui transferido para o hospital universitário do Mannheim. Passei vários meses na reabilitação.

Tive que aprender novamente a andar e falar. Durante todos esses meses, desde o período em que tive a crise até, aproximadamente, um ano depois, eu não consigo lembrar de quase nada! A minha sorte foi que eu já havia gravado toda a minha parte nos CD's do ToT. Atualmente, estou bem melhor e com poucas sequelas.

Larisse Katarine:

Só o figado que já não serve para quase nada! (Risos)


FLC- Fale-nos sobre sua saída do "Theatre of Tragedy".

Tommy Lindal:

Como eu ja havia falado antes, minha saida do ToT aconteceu após o meu AVC. Eu passei vários meses na reabilitação e o Theatre ficou parado durante todo este tempo a minha espera.

Após algum tempo surgiu a oportunidade de fazer uma turnê chamada "Out of the dark" com Moonspell, Gorfest e Rotting Christ . Então percebi que havia chegado a hora de deixa-los seguir em frente.

Fiquei muito triste, mas, ao mesmo tempo, eu me sentia muito injusto por faze-los esperar por mim, mesmo sem a certeza se ainda haviam chances de eu poder tocar minha guitarra novamente. Então, eu sai!

O que me deixou um pouco mais aliviado foi quando eu escutei os trabalhos posteriores, pois, percebi o quanto o estilo havia mudado e vi que minha saída aconteceu na hora certa! Talvez tenha sido o destino! (Risos).


FLC- Sua recuperação levou algum tempo. Sentiu saudades de tocar novamente? Quais foram suas expectativas, alicerces e motivações para vencer suas limitações?

Tommy Lindal:

Para falar a verdade eu fiquei muito traumatizado com o que aconteceu!

Durante os primeiros anos eu pensei em desenvolver um trabalho com calma, só para mim. Eu tinha muita saudade de tocar, mas,naquele momento, a minha prioridade era a minha recuperação, então canalizei toda minha força nisso.

No início de 2000 eu comecei a pensar mais sério em voltar para os palcos, então passei a trabalhar com vários músicos em muitos projetos, mas nunca deu certo. Após a minha saída do ToT eu tive muitas ideias dentro de mim e que precisavam sair.


FLC- Hoje você vive no Brasil e juntamente com Larisse Katarine, estão com a banda “...in Deviltry". Fale-nos sobre.

Tommy Lindal:

No começo foi bastante confuso para mim, porque eu moro aqui no Brasil e sempre tive vontade de formar minha banda. Então, em 2008, passei por um dilema bem complicado de se resolver. Me apaixonei pelos dois lados de uma mesma pessoa.

Uma pessoa gentil, doce, inteligente, simpática e carinhosa. Contudo, o problema era que essa mesma pessoa também era vocalista e me encantou com sua voz, performance e brilho. Aí eu tive um probleminha. Eu queria tê-la em todos os lados! Como minha paixão e parceira no ...in Deviltry.

Todo mundo sabe que “trabalho e prazer” é uma combinação um pouco perigosa.

Mas, fazer o que? Eu escolhi os dois lados mesmo assim!

Eu sou muito teimoso mesmo... (Risos).

Mas, conversamos muito sobre a nossa relação pessoal e profissional e concordamos em uma coisa: somos maduros e podemos separar as duas coisas.

Quer saber? Nunca me arrependi da minha escolha!

Hoje em dia somos noivos e já estamos nos preparando para morarmos juntos e o ...in Deviltry sempre progredindo.

Nós trabalhamos juntos, eu componho todos os arranjos das nossas músicas, inclusive as linhas de guitarras, e ela compõe todas as linhas de vocal feminino além de ajudar, também, com os outros arranjos.

O ...in Deviltry conta, também, com a ajuda de algumas pessoas que compõe o teclado, bateria e voz (masculina), cujos nomes serão anunciados futuramente no site da banda.


FLC- Larisse nos conte como foi conhecer e hoje viver e compor o “...in Deviltry” com Tommy Lindal?

Larisse Katarine:

Eu conheci o Tommy no inicio de 2008 durante um show de uma ex-banda minha. Após descer do palco uma amiga dele (hoje nossa amiga) me abordou e falou que o Tommy queria me conhecer, que havia ficado impressionado com a minha performance.

Eu fiquei lisonjeada. Afinal, não é todo dia que recebemos um elogio tão especial. (risos).

Após alguns dias, passamos a conversar pelo msn, basicamente sobre música, e era incrível como nossas idéias se complementavam. E então ele me falou um pouco sobre a banda que queria montar em Natal-RN e me convidou para assumir o posto de vocalista e ajudá-lo a compor o line up do ...in Deviltry, já que ele não conhecia muitas pessoas na cidade.

Desde então passamos a nos falar todos os dias.

No inicio, a nossa relação era apenas profissional, mas com o tempo as afinidades foram aparecendo e, como nos falávamos diariamente, sua presença se tornou fundamental para mim.

E foi durante as reuniões e testes que passamos a ser mais que companheiros de trabalho. (risos)

Já estamos juntos nesta batalha há quase dois anos e, hoje, já não o vejo como o “ex-Theatre of Tragedy”.Passamos horas trabalhando juntos, compondo as músicas, criando e compartilhando idéias,e muitas vezes até discutindo! (Risos)

Como noiva, posso afirmar que “Tomtom” é cara muito simples, amoroso, amigo, divertido, companheiro para todas as horas.

Como companheira de banda afirmo que tenho ao meu lado um excelente compositor, bastante competente e de um sentimento que ultrapassa qualquer limite.

Tenho muito orgulho em fazer parte de tudo isso!


FLC- O “...in Deviltry” está com você e Larisse apenas como integrantes, como irá ocorrer à recomposição da banda. Terá audições?


Tommy Lindal:

Não pretendemos realizar novos testes, com relação as composições das músicas nós já resolvemos como serão feitas e posteriormente iremos divulgar as novidades no site oficial da banda.

Desde o início de 2008 estamos tentando formar o line up do ...in Deviltry (para ter acesso aos detalhes do percurso da banda é só acessar o site oficial) mas nunca deu certo, mas, agora resolvemos trabalhar de outra forma que será anunciado mais na frente.

Com relação a performance, nós pretendemos trabalhar com músicos profissionais durante os shows.


FLC- Sobre as audições elas estão ocorrendo ou quando acontecerá?

Larisse Katarine:

Bem, como já foi dito na questão anterior, por hora, não pretendemos realizar novas audições. Tivemos muitos impasses e decepções, nosso sonho já foi adiado demais e não queremos correr o risco de atrasá-lo mais uma vez. Já demos inicio as composições e futuramente iremos divulgar algumas novidades no site da banda.


FLC- Como está o andamento das composições e gostaria de saber se já possuem algo gravado?

Larisse Katarine:

A banda passou por muitas reformas durante todo o seu percurso, resultando em um grande atraso nas composições. Após o desentendimento com a última formação, e a idéia de continuarmos sozinhos, resolvemos começar do zero. As composições tiveram início no ano passado, é claro que o processo é mais lento do que o normal, tendo em vista que somos somente nós dois para administrar tudo. Mas, para a nossa alegria, e daqueles que nos acompanham, no final de fevereiro iremos entrar em estúdio.

FLC- Quais
são as influências musicais do “...in Deviltry"?

Larisse Katarine:

Minhas referencias musicais são bastante variadas, vão desde musicais como Which Witch ao Balck Metal.

Mas existem algumas bandas que realmente me inspiram, entre elas estão My Dying Bride (principalmente), Crematory, Tristania (antigo) e The Gathering.

Tommy Lindal:

Devido eu estar há muito tempo “na estrada”, sempre me permiti descobrir novas coisas que acabaram por influenciar na minha maneira de compor. Mas as bandas que me influenciam desde o inicio são My Dying Bride e Anathema (antigo).

Mas com certeza, cada membro da banda tem suas proprias influencias, e é da mistura desses diferentes ingredientes que surge a originalidade de uma banda.

Nosso bolo vai ser único e eu espero que fique delicioso! (Risos)

FLC- Na comunidade do “...in Deviltry” tem um planejamento de turnê pelo Brasil com as bandas Ravenland e Semblant. A turnê tem uma previsão ? E qual seria a rota de shows?

Tommy Lindal:

A proposta desta turnê foi feita há um ano atrás. Desde então houveram muitos impasses, o atraso no lançamento dos Cds tanto da Ravenland quanto do Semblant, bem como, alguns problemas internos do ...in Deviltry, pois, na época ainda estávamos em busca de músicos para formar o line up da banda.

Contudo, somos amigos de ambas as bandas e ainda pretendemos concretizar essa idéia!

FLC- Tommy você participou nas faixas "Velvet Dreams" e “The Crow” da banda Ravenland. Como foi o processo criativo e de gravação?

Tommy Lindal:

Como a Ravenland é de São Paulo (outro estado), combinamos que eu iria trabalhar as músicas no meu próprio apartamento aqui, em Natal-RN. Então eles me enviaram as músicas por email.

Bem, foi uma experiência um pouco estranha. Porque eles enviaram as músicas, da primeira vez, e eu dei inicio ao meu trabalho, contudo, após algum tempo eles enviaram novamente as músicas com algumas mudanças, o que me fez modificar tudo o que eu já havia feito. Mas tudo bem, sem problemas.

Eu entrei no estúdio, aqui no RN, no final de 2008, gravei minha parte e, em seguida, mandei de volta para eles colocarem junto com os faixas do CD que só saiu após vários meses. A faixa “Velvet Dreams” foi a minha preferida, pois foi a que melhor se encaixou no meu estilo. Tinha uma atmosfera perfeita para mim e eu acabei gravando duas guitarras nela.

O pessoal da Ravenland são bem legais, fizemos uma grande amizade. Sempre quando eu viajo e passo por São Paulo, nos encontramos e tomamos uma cerveja, falamos besteiras e etc.


FLC- O Brasil é um país tropical o oposto da Noruega, como foi a adaptação ao clima e ao idioma?

Tommy Lindal:

Aiaiai, um contraste enorme. Ainda me lembro da primeira vez em que eu vim para o Brasil, em 2000. Eu e meu irmão saindo do avião no aeroporto. Eu quase não consegui respirar. O ar era tão pesado e úmido, mas depois de algum tempo eu me acostumei e já peguei um táxi para praia.

Eu nunca havia visto uma palmeira de verdade na minha vida! O calor batendo no meu rosto. Eu me apaixonei pelo Brasil.

O problema era que eu não sabia como pedir uma cerveja, só sabia falar inglês. Ninguém me entendia.

Então eu só coloquei minha mão perto da boca e em 6 segundos, minha cerveja chegou!! (Risos).

Com o tempo eu aprendi a língua, mesmo sem nunca haver frequentado um curso ou coisa parecida! Tem muitas palavras parecidas com o inglês, eu acho...


FLC- Quais são suas expectativas para o “...in Deviltry” em 2010?

Tommy Lindal:

O ...in Deviltry é mais sério para mim do que o ToT foi na época. E apesar de eu ter estado de férias desde 1996 até 2008, sou a mesma pessoa, e toco com o mesmo sentimento que sempre tive. Para mim,nada é diferente na música, a única coisa que mudou foi a embalagem.

Agora, no Brasil, com pessoas diferentes, eu vou continuar de onde parei.

Estamos nos preparando para gravar nosso primeiro material de divulgação, no final de fevereiro, cuja finalidade será apresentar o trabalho da banda para algumas gravadoras e relações públicas, mas é claro, não poderíamos deixar nosso público de fora! Portanto, iremos divulgar algumas faixas no site oficial da banda, porém, só poderão fazer downloads aqueles que estiverem cadastrados.


FLC- Agradeço imensamente pelo tempo dispensado. Desejamos muito sucesso à banda “...in Deviltry”.

Nós é que agradecemos mais uma vez pela oportunidade de falarmos um pouco sobre o nosso trabalho. Agradecemos pela força, carinho e dedicação de todos estão nos acompanhando! Para se manterem informados sobre o ...in Deviltry acessem o site oficial da banda no www.indeviltry.com


Abraços

Tommy Lindal e Larisse Katarine


O in Deviltry foi criado em agosto de 2008 através de Tommy Lindal (ex-Theatre of Tragedy) que, após um sério problema de saúde que o fez parar de tocar sua guitarra, decidiu voltar a fazer música.

Tommy Lindal – Eu vim para o Brasil com o sonho de iniciar uma nova banda. E eu sempre achei que iria conseguir.

Morou em Natal/RN durante anos, porém, seu sonho começou a tornar-se realidade após conhecer Larisse Katarine (vocalista)

Larisse Katarine - Nos conhecemos durante um show da minha antiga banda, no início de 2008. Após alguns dias, nós conversamos a respeito da banda que ele queria montar e convidou-me para ser a vocalista. Para mim foi perfeito, pois nossas idéias com relação a dedicação, responsabilidade e, principalmente, o estilo de música o qual queríamos compor, eram totalmente compatíveis.

Tommy Lindal – A primeira vez que vi e ouvi Larisse foi durante o show da sua banda em um festival local. Quando a ouvi cantar não tive dúvidas, era ela quem eu queria como vocalista do ...in Deviltry. Sua voz é totalmente diferente da voz de Liv, é pesada, forte e bastante variável. Sem falar na sua belíssima presença de palco que me deixou impressionado. Então, não perdi tempo, na primeira oportunidade a convidei para trabalhar comigo!

Desde então teve início a procura por pessoas que também tivessem interesse pelo estilo. Foram realizados vários testes com diversos músicos, e a banda contou com duas formações diferentes durante seu percurso. Na primeira formação, realizada em 2008, faltava dedicação, esforço e, o principal, amor pelo estilo. Já na segunda, formada em 2009, também deixou um a desejar, mostrando-se um grupo imaturo no que diz respeito a tomada de decisões, entre outras questões consideradas importantes.

Larisse Katarine - Foi um período bastante cansativo e difícil, fazíamos várias reuniões com os candidatos durante a semana, além dos diversos ensaios nos finais de semana. Eu já estava terrivelmente cansada de ouvir sempre as mesmas histórias durante as entrevistas e no momento em que o line up estava formado e oficialmente divulgado, perceber que tínhamos tomado a decisão errada.

Tommy Lindal - Este foi realmente um ano bastante difícil e frustrante, mas não nos desanimou.

Após tantos testes, entrevistas e decepções, Tommy Lindal e Larisse Katarine decidiram seguir sozinhos, irão compor juntos todas as melodias e letras do... in Deviltry.

Larisse Katarine - Conversamos muito após tudo isso. Pensamos em várias saídas, mas, nunca em desistir. Estamos cansados de procurar as pessoas certas, então decidimos investir em nós mesmos. Iremos juntos, compor as nossas melodias e letras. É claro que será um processo mais lento, tendo em vista que iremos fazer tudo sozinhos. Mas fico muito feliz, porque agora sei que nossas musicas terão, puramente, a nossa essência, nossos sentimentos.

Tommy Lindal – Depois de tanta luta e nenhum retorno, precisávamos conversar e reorganizar as idéias. Nunca pensamos em desistir da nossa banda, por outro lado, estávamos cansados de tantas reuniões, ensaios e nenhum resultado. Então decidimos que o ...in Deviltry seria apenas eu e Larisse. Refletimos muito, pois sabemos que este será um caminho muito difícil, mas temos força o suficiente para enfrentá-lo. Não estamos fechados à novos integrantes - que realmente queriam fazer parte da nossa família - mas não iremos procurá-los, acreditamos que no momento certo, eles aparecerão.

Segundo os componentes da banda, as músicas terão uma atmosfera sombria, pesada e melancólica, contudo, a linha de vocal ainda permanece uma icógnita. As composições já estão em andamento, e para a felicidade daqueles que estão bastante curiosos a respeito do som desta banda, Tommy e Larisse anunciaram que no inicio do próximo ano lançarão um surpresa para os fãs.

Larisse Katarine – Já começamos a compor e estamos bastante ansiosos pelo resultado. Infelizmente o processo está lento, mas, desde já, podemos assegurar aos fãs que, nossas músicas terão um som pesado, melodioso e melancólico. Muitas pessoas que conhecem meu trabalho aqui em Natal/RN estão bastante curiosos com relação a linha de vocal irei utilizar no ...in Deviltry, uma vez que sempre explorei a minha voz cantando lírico e pleno. Contudo, a linha de vocal ainda permanece indefinida, tendo em vista que pretendo primeiramente, sentir a atmosfera das nossas melodias, para, em seguida, inserir o tipo de vocal mais interessante. Mas o que posso adiantar é que continuarei explorando e variando, porém sem deixar com que minha voz perca a sua personalidade.

Tommy Lindal – Passamos algum tempo parados neste fim de ano, pois Larisse andava muito ocupada com a conclusão da faculdade (elaborando sua monografia) e eu estava precisando descansar um pouco. Mas agora, estamos trabalhando pesado em nossas composições. No início do próximo ano queremos mostrar algo, para que o público possa sentir a energia das nossas músicas. Estamos bastante ansiosos e curiosos com o resultado.

Larisse Katarine e Tommy Lindal – Gostaríamos de agradecer à todos que continuam nos acompanhando e mandando essa energia maravilhosa, e ao pessoal do Flores do Lado de Cima – em especial à Liartemis - pelo espaço!


Por: Liartemis

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