sexta-feira, 25 de setembro de 2009

SÓ A MÚSICA FAZ - resenha e entrevista

Só a música faz – cantora Olívia nos revela seu fazer artístico em seu novo álbum
por Monalise Rodrigues

Este é o terceiro CD autoral de Olivia, uma artista independente, que faz música de qualidade, alheia aos modismos e sucessos da mainstream. Só a música faz é a artista em seu compromisso firmado com sua própria estética musical e nos traz neste belo registro compositores pouco conhecidos do grande público como: Ligia Kas, José Luiz Marmou, Monalisa Lins e a própria cantora, que abriu mão de regravar compositores consagrados da nossa música.

Produzido e arranjado pela artista, com linguagem moderna, marcado pela mistura de estilos e tendências, seu novo trabalho apresenta uma sonoridade tão singular quanto sua voz. Em Só a música faz Olivia caminha por baladas, folk e rock, passeando também por ritmos brasileiros; traz harmonias bem elaboradas e belas melodias para cantar versos delicados e marcantes como em “Ausência”:

“esse réptil silêncio que rasteja entre as poucas palavras ao chão e um suposto afeto sem perdão”.

Outra bela canção, que evidencia a qualidade poética do trabalho da cantora pode ser visto na letra de “E você meu amor, não vem?":

“Descalça pela rua, pisando na brasa do tempo
Me inspiro na saudade do presente. Enquanto a árvore se dobra com o vento
O mundo todo está em movimento”

Na faixa que dá nome ao trabalho, “Só a música faz”, a cantora declara seu amor e seu desejo pela arte musical, que a acompanha desde a infância:

“Quero algo que não saia da mente, nem que a gente tente tirar,
(...) envolva a minha cabeça e me leve (...) algo que seja como a alegria que irradia e passa a brilhar”

Assim, este CD retrata a artista num momento especial de sua carreira. Com melodias agradáveis, letras singelas e produção refinada. Olivia, mais do que uma cantora da nova geração, revela-se artista. Em entrevista para a Monalise Rodrigues, aluna de Língua Portuguesa do 1º Ano E.M., do professor-mestre Eduardo Amaro, da Escola Estadual Professora Semíramis Prado de Oliveira, a cantora revela um pouco de sua personalidade e de sua obra.

Monalise: Para você, qual o momento mais marcante que você viveu em sua carreira?
Olívia: Minha carreira até hoje foi marcada por grandes dificuldades, o que tive sempre como um incentivo para a perseverança e para a certeza cada vez maior do meu caminho. Acredito que meus momentos mais marcantes foram o lançamento do segundo CD, “Perto”, pois tinha saído da gravadora e pude provar para mim mesma que conseguiria fazer tudo sozinha; e agora o lançamento do meu sexto CD, “Só a música faz”, que consolida meu trabalho autoral.

Monalise: Você poderia nos falar um pouco sobre o seu novo trabalho, "Só a música faz"?
Olívia: Só a música faz é um CD que traz uma estética musical que remete aos anos setenta, em relação a timbres e texturas, da mesma maneira que é contemporâneo de seu tempo refletindo isso nos arranjos e na combinação de estilos.
É um trabalho autoral que concretiza meu amor pela música, e coloca a música no lugar de um aproximador de pessoas, ignorando diferenças sócio-culturais. Os outros compositores que colaboraram comigo neste CD também afirmam isso de alguma maneira em suas canções.

Monalise: Se você tivesse que caracterizar seu som, como seria? Em que tipo de categoria você o colocaria?
Olívia: Nunca me agradou a limitação que uma “classificação musical” sugere, mesmo assim as pessoas necessitam disso para relaxar diante de algo inusitado. Dessa maneira posso aproximar meu trabalho de um pop/rock/alternativo/brasileiro, porque dá para encontrar em minha músicas influências do rock e do folk, da música brasileira, do lounge de ritmos orientais, enfim...ainda acho que “pop” é o único termo que por si só já pode ser entendido como uma “mistura acessível”.

Monalise: Como você está vendo o mercado musical de nosso país nesse momento?
Olívia: O Brasil talvez esteja começando a se distanciar dos padrões musicais impostos pelas grandes mídias, e finalmente abrindo os horizontes auditivos de seu povo. A internet tem grande responsabilidade sobre isso, pois começou a inserir na mente das pessoas a possibilidade da escolha, do desenvolvimento do gosto pessoal, do “ouvido individual” que se forma a partir de referências e bagagens musicais distintas. A internet facilita a divulgação direta do músico para o ouvinte, sem intermediários, e acredito que seja o fator mais positivo que estamos vivendo no momento. O músico fica conhecendo melhor o seu público e vice-versa, estreitando as relações e propiciando uma divulgação mais direta e objetiva. Outro fator positivo e importante é a divulgação “sem-fronteiras” que nos permite entrar em contato com pessoas que possuam afinidade com nosso trabalho aonde elas estiverem, e no horário que estiverem disponíveis.

Monalise: O que você acha que vai acontecer com a indústria da música no futuro agora, que a maioria das pessoas baixa música pela internet?
Olívia: Ainda precisamos de um bom tempo até que as pessoas se acostumem também a comprar música pela internet, em vez de apenas baixar o conteúdo gratuitamente, mas isso também é uma questão de educação de cada país. Enquanto isso, vamos cultivando através dessa grande ferramenta de divulgação o ouvido seletivo, incentivando a busca por novidades e diferenciais.
A indústria da música como foi conhecida até então, com o monopólio de grandes gravadoras, já não tem mais razão de existir. O futuro nos reserva a independência dos músicos e artistas, que conseguirão Ter autonomia sobre o próprio trabalho, direcionando-o como e aonde lhes convier. Há espaço para todos e público também, meu desejo é que se exerça essa democracia artístico-cultural.

Saiba mais sobre a cantora em seu Website

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CORPUS FEDORENTUS (Demo download)

Por Iam Godoy

Projeto criado por Iam Godoy (Dr. Mentho) e Edu Araújo (Little Maggot) que explora o bom e velho grindpornocore. Simples, crú e malvado por excelência. Com guturais disformes e um instrumental agressivo, a banda CORPUS FEDORENTUS promete trazer um pouco de beleza e poesia que tanto fazem falta neste mundo tomando por funkeiros e emo-cores que surgem por todos os cantos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

CONTOS DE FADAS PARA METALEIROS - Parte Dois

Depois que a maré de cartas chegaram aqui na redação (HAHAHAHAHAH...peguei vocês, heim?) resolvemos colocar a continuação dos "Contos de Fadas para Metaleiros" que o nosso amigo Tiba emendou nos comentários da edição anterior... LEIAM POR SUA CONTA E RISCO!!!

THRASH METAL: O protagonista chega no castelo, duela com o dragão, salva a princesa e transa com ela. Depois percebe que a princesa é uma piranha e faz uma musica xingando ela.

POWER METAL: O protagonista chega brandindo sua espada e trava uma batalha gloriosa contra o dragão. O dragão sucumbe enquanto ele permanece em pé, banhado pelo sangue de seu inimigo, sinal de seu triunfo. Resgata a princesa. Esgota a paciência dela com auto-elogios e transa com ela.

FOLK METAL:
O protagonista chega acompanhado de vários amigos e duendes tocando acordeon, alaúde, viola e outros instrumentos estranhos. Fazem o dragão dormir depois de tanto dançar, e vão embora, sem a princesa, pois a floresta está cheia de ninfas, elfas e fadas.


VIKING METAL:
O protagonista chega em um navio, mata o dragão com um machado, assa e come. Estupra a princesa, pilha o castelo e toca fogo em tudo antes de ir embora.


GORE:
Chega, mata o dragão. Sobe no castelo, transa com a princesa e a mata. Depois transa com ela de novo. Queima o corpo da princesa e transa com ela de novo.


SPLATTER:
Chega, mata o dragão, abre-o com um bisturi. Sodomiza a princesa com as tripas do dragão. Abre buracos nela com o bisturi e estupra cada um dos buracos. Tira os globos oculares da princesa e estupra as órbitas. Depois mata a princesa, faz uma autópsia, tira fotos, e lança um album cuja capa é uma das fotos.


DOOM METAL:
Chega no castelo, olha o tamanho do dragão, fica deprimido e se mata. O dragão come o cadáver do protagonista e depois come a princesa.


NEW METAL:
Chega no castelo se achando o bonzão e dizendo o quanto é bom de briga. Quer provar para todos que também é foda e é capaz de salvar a princesa. Acha que é capaz de vencer o dragão; perde feio e leva o maior cacete. O protagonista New Metal toma um prozac e vai gravar um disco "The Best Of".


GRUNGE: Chega drogado, escapa do dragão e encontra a princesa. Conta para ela sobre a sua infância triste. A princesa dá um soco na cara dele e vai procurar o protagonista Heavy Metal. O protagonista grunge sofre uma overdose de heroína.

HARD CORE:
Chega de skate no castelo corre do dragão até chegar no topo do castelo onde está a princesa, olha a princesa que é baita gostosa, volta pra casa e bate uma bronha pensando nela.


INDIE ROCK: Entra pelos fundos do castelo. O dragão fica com pena de bater em um nerd franzino de óculos e deixa ele passar. A princesa não aguenta ouvir ele falando de moda e cinema e foge com o protagonista Heavy Metal.

E PARECE QUE MAIS UMA VEZ O PROTAGONISTA HEAVY METAL COMEU TODAS AS PRINCESAS...