sábado, 4 de abril de 2009

POSTHUMAN TANTRA: Título do 2ª CD & Novo EP

NOVIDADES DO POSTHUMAN TANTRA
O segundo álbum full-lenght do POSTHUMAN TANTRA - a ser lançado no segundo semestre de 2009 pela gravadora suíça Legatus Records - já tem um título: "Transhuman Reconnection Ecstasy". O nome foi inspirado pelo conceito principal enfocado nas músicas, a reconexão com a natureza cósmica a partir de processos tecnoxamânicos. No momento o álbum está em fase de masterização no estúdio Suíço BWS. O trabalho conta com as participações especiais de músicos de diversos países:

Dimitri Brandi (PSYCHOTIC EYES / Brasil) – Guitar & Vox
Amyr Cantusio Junior (ALPHA III / Brasil) - Synths
Marcelo Diniz (ANALOG DREAM/ Brasil) - Synths
Laurencce (G), Sydnei (D), Silas (B), Diogo (V) (LYCANTHROPY /Brasil)
Asenath Mason (female voices/ Poland)
Mike (TRANSZENDENZ / Switzerland) – Vox
Lord Evil (MELEK-THA / France) - Synths
Gareth Miller (XA-MUL / United Kingdom) - Synths

POSTHUMAN TANTRA/SOBOTA - Novo EP
Durante as gravações do segundo álbum do POSTHUMAN TANTRA, Edgar Franco desviou o seu foco por algumas semanas para dedicar-se a um projeto ousado, a parceria entre o POSTHUMAN TANTRA e o SOBOTA, projeto do brasileiro Rodrigo Romanin baseado no conceito antropofágico de recombinação sonora. Ou seja, toda a música do SOBOTA - caracterizada por um estilo que trafega entre o noise, crust e o ambient - é produzida a partir da desconstrução e recombinação de outros sons. Pensando nesse perfil sonoro do SOBOTA, Franco e Romanin conceberam um trabalho instigante, um EP no qual o POSTHUMAN TANTRA criou 5 faixas curtas e o SOBOTA recebeu versões não mixadas das músicas para elaborar suas recombinações, uma para cada faixa. O resultado é uma obra perturbadora com pouco mais de 17 minutos de música experimental ambient. As faixas criadas pelo POSTHUMAN TANTRA são experimentações sonoras digitais inspiradas pelos conceitos de "Nanobods", Nonobots" & "Memes", ou seja, foram baseadas nas reflexões filosóficas e poéticas da ciberarista Victoria Vesna, do cientista especializado em robótica Hans Moravec, do estudioso e visionário da nanorobótica Ray Kurzweil, e do biólogo evolucionista Richard Dawkins. A recriação/recombinação do SOBOTA funciona como uma metáfora memética da recombinação do DNA vislumbrada por Moravec, Vesna & Ray Kurzweil a partir da evolução dos Nanobods & Nanobots. O EP, intitulado "Nanobods Remixed: DNA-Sylicon-Memes, tem uma tiragem limitadíssima em formato 3" CDR (cópias numeradas) e foi lançado pelo selo independente brasileiro SONOROS Records (http://br.geocities.com/sonorosrecs).
Posthuman Tantra/Sobota "Nanobods Remixed:dna-sylicon-memes".
EP track list:
Posthuman Tantra - Part I: Creation
Act I - The Nanobots' Hordes Conspiration (1:48)
Act II - The Nanobods Revenge (1:30)
Act III - The Nanobots X Nanobods (Moravec-Vesna) (1:48)
Act IV - The Sylicon-DNA Alchemic Fusion (2:18)
Act V - The Memes Revolution (2:34)
SOBOTA - Part II: Recreation
React I - Conspiration (Dis)hordes (1:12)
React II - Vendetta Nanobods (1:38)
React III - Batlle: Ansev-Cevaron (0:43)
React IV - Recombining Fusion (1:58)
React V - The Memes Sobotized (2:17)

ENTREVISTA: MÁRCIO BARALDI

Márcio Baraldi é o cartunista mais rock'n'roll do Brasil, e se bobear, do mundo! Ninguém fez, faz e publica tantos cartuns e HQs explícitamente roqueiros como ele. Cartunista de nascença, ele começou a misturar rock com desenho ainda na infância quando se converteu ao rock'n'roll após ouvir "We will rock you" do Queen num velho rádio valvulado. Nesta entrevista gentilmente cedida à Ravens House Brasil, conheça um pouco mais sobre este rockartunista "ducarvalho"!!!

RHB - Primeiramente gostaria de agradecer pela oportunidade de entrevistar o roqueiro/desenhista mais aloprado do underground.
R:
Valeu, man!!!Algum dia se eu ficar rico o recompensarei por isto!(risos)

RHB - Desenhar foi algo que veio com o tempo e experiência ou é um dom incluso no pacote de nascimento do pequeno Baraldi?
R:
Veio junto!Acho que no útero já tava rabiscando a placenta!(risos). Cartunista típico é assim mesmo, já nasce rabiscando tudo. Aí em pouco tempo a gente descobre os gibis e aí, pronto!Fudeu de vez (risos)!...

RHB - Como foi a infância de Márcio Baraldi? Você sempre foi assim, meio "espoleta"?
R:
Total, man! Era um moleque insuportável, não parava quieto um minuto. Ariano hiperativo mesmo.Tomei muita surra de chinelo e cinta pra sossegar mas não adiantava. Pra me acalmar só com canetinha e muito papel na mesa da cozinha, aí eu começava a viajar nas minhas historinhas e deixava minha mãe em paz. Passei por todas as fases do desenho infantil:comecei desenhando casinha, gatinho e cachorrinho, depois passei pros monstros, heróis, robôs e naves espaciais e cheguei no rock'n'roll e nos cartuns.

RHB - Antes de figurar em revistas (como a Rock Brigade), onde você publicava suas HQ's?
R:
Na imprensa sindical e popular, onde comecei minha carreira aos 15 anos. Publicava em trocentos jornais de sindicatos, fazia gibis didáticos, cartazes, adesivos, camisetas, etc,etc,etc. Além dos sindicatos fazia trocentas ONGs, prefeituras, agências de publicidade, house-organs para empresas, etc, etc, etc. Enfim, ja trabalhava que nem um CONDENADO!!!
Aliás, continuo fazendo tudo isso até hoje. É o meu karma!

RHB - De onde surgiu a idéia do Roko-Loko? Ele era um personagem regular em suas histórias?
R:
Não. Eu diria que o Roko nasceu por acaso, mas como o acaso não existe, nasceu por destino mesmo! Eu bolei uma única HQ dele (que na ocasião ainda não tinha nem nome) e ofereci pra Brigade em janeiro de 1996. Por destino o Fernando Souza e o Toninho adoraram o "personagem" e mandaram fazer todo mês. Eu ,como "caboclo responsa" que sou, obedeci e cá estamos firmes e fortes 13 anos depois.
Emocionante nossa história, não?!...(risos)

RHB - Nota-se claramente atitudes subversas em seus quadrinhos...você já foi punk ou algo do gênero?
R:
Muito obrigado!!! Isso hoje em dia é um elogio e tanto, já que vivemos numa época de conformismo absoluto. Todo mundo pensando só no próprio umbigo e foda-se o planeta! De fato nasci e cresci no ABC paulista , terra de um movimento punk muito forte, pioneiro e consistente. Também terra do movimento operário e sindical mais forte que o Brasil já teve. O ABC foi palco de verdadeiras guerras dos metalúrgicos com o exército da ditadura militar, foi lá que a ditadura tomou um chute tão profundo e doído no rabo que lhe provocou a abertura na virada dos anos 80 e o seu fim em 1984. Enfim, uma região cheia de culhões(risos)!...
E eu fico feliz por ainda tê-los também!...(gargalhadas)

RHB - Você já recebeu propostas para lançar os seus quadrinhos em revistas de metal gringas?
R:
Já publiquei na MetalHeart, de Portugal e na Headbanger Magazine, do Equador, cuja lingua não tenho problemas em me comunicar. Mas para publicar em inglês eu teria que melhorar muuuuuito ainda o meu "the book is on the table...", sacou?
Uma hora eu arrumo tempo pra ver isso.

RHB - Quantos discos (premiações) você já ganhou com seus desenhos?
R
: Já ganhei disco de ouro, platina e diamante pelas mais de 500 mil cópias do game do Roko-Loko. Também tenho 9 prêmios Angelo Agostini, dois Vladimir Herzog, um GRC Music pela minha contribuição à música independente (sobretudo o rock), e mais um punhado por aí. Mas como ainda sou praticamente um garoto, quero ganhar muuuuito mais ainda.
Com certeza eu mereço!

RHB - Poderia citar uma base de quantas HQ's você já produziu?
R: Nunca me abestei de tentar contar, mas usando meu maravilhoso "senso de chutômetro aranha", devo ter,entre quadrinhos, charges e cartuns, umas dez mil obras pelo menos. Menino trabalhador, né?!? Sorte que eu sou um cara muito organizado e arquivo tudo, senão minha casa seria o caos, não conseguiria nem entrar.

RHB - Já passou pela sua cabeça organizar workshops para ensinar desenho e quadrinhos com o seu estilo?
R:
Já dei muita palestra em escolas por aí, mas workshop e cursos não dá, não. Não tenho tempo pra isso. Já recebi muito convite mas o escravo Marcião não tem condições de sair de seu "estúdio-senzala" pra dar cursos por aí.
A Lei de Alforria ainda não chegou para mim...snifss! (risos)

RHB - Além de desenhar, qual é a outra "ocupação" de Márcio Baraldi?
R:
Minha ocupação é desenhar o dia inteiro, meu lazer é desenhar e meu hobby é desenhar. Fora isso, pago milhões de contas e sonho com a Gisele Bundchen e a Madonna me assediando sexualmente!
Agora que a Madonna largou o Jesus-Luz, será que eu tenho chance?...U-RÚÚÚÚÚ!!!

RHB - Quais as suas principais inspirações? Sejam nos desenhos ou na música.
R:
De tudo ao mesmo tempo agora! Cartunista tem que estar ligado em tudo que tá acontecendo no mundo, filtrar tudo e transformar em charge. Nossa cabeça é um liquidificador de fatos e notícias, batemos tudo junto com nossa imaginação e servimos vitamina de charges e quadrinhos pra alimentar almas,corações e mentes.

RHB - O que você acha do atual cenário do rock'n roll nacional?
R:
Tá estranho.O mercado e indústria musical que conhecíamos está morrendo.Como diria o Rei Roberto: "daqui pra frente tudo vai ser diferente!". Sei que tem muita gente fazendo rock bacana no underground, mas aonde vai dar tudo isso eu não faço idéia. Ninguém está vendo o horizonte disso tudo ainda. De qualquer maneira, 80% dos meus amigos são músicos e espero que todo mundo vença na vida!

RHB - Muito obrigado pela estrevista...foi DUCARVALHO! Gostaria de deixar uma mensagem para a nação roqueira chapada em quadrinhos?
R:"
FACA O QUE TU QUERES, HA DE SER TUDO DA LEIIIIIIIIII!!!!!!".
Só não faça maldade pros outros nem pra você mesmo, claro! Vamos ser do BEM. Estamos na Era de Aquário, era de liberdade, fraternidade, ciência, muito aprendizado e crescimento individual e coletivo!Vamos ter o pé no chão e a cabeçaa no futuro! Para o alto e avaaaanteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee que nos temos a forçaaaaaaaaaaaa!!!...
U-RÚÚÚÚÚÚÚÚ!!!

VISITE O BARALDÃO CLICANDO AQUI